terça-feira, 19 de abril de 2011

Teoria ou Prática?

Estou realizando uma pesquisa sobre o Capital Intelectual, e em uma das dissertações que estou lendo para compor o referencial teórico, encontrei uma frase de Fernando Pessoa, publicada na Revista de Comércio e Contabilidade. Eis:

"Toda a teoria deve ser feita para ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando o que a teoria não é, senão uma teoria da prática, e prática não é senão a prática de uma teoria..."

Achei interessante divulgar!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vendas da Danone sobem quase 20% no 1º trimestre

Juliana Cardoso - Valor
14/04/2011 9:01

SÃO PAULO - A Danone apresentou vendas consolidadas de 4,757 bilhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 19,6% em comparação ao mesmo período do calendário anterior.
Excluindo o impacto de mudanças nas taxas de câmbio e o escopo da consolidação, as vendas subiram 8,5%. O crescimento orgânico reflete uma elevação de 5% no volume de vendas e de 3,5% em valor.

A empresa notou que seus negócios se aceleraram em todas as divisões e em todas as regiões em que atua, com avanço de dois dígitos em marcados tidos como prioritários pela companhia, como Brasil, Rússia, China, Indonésia, México e Estados Unidos.
Para os meses à frente, a fabricante de iogurtes e água engarrafada espera o prolongamento da tendência observada em 2010, com o gasto do consumidor não apresentando piora ou melhora significativa e os preços da matéria-prima seguindo trajetória volátil de alta.

A Danone espera uma ampliação de 6% a 8% nas vendas líquidas em 2011 em uma base comparável (excluindo o impacto de flutuações no câmbio e escopo da consolidação).

(Juliana Cardoso - Valor)

domingo, 3 de abril de 2011

Governo aumenta despesas com pessoal e reduz investimentos

Giselle Mourão
Do Contas Abertas

A execução orçamentária da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) no primeiro trimestre de 2011 contrariou o discurso governista da época da campanha eleitoral. Comparados os dados com o mesmo período em 2010, as despesas correntes foram aumentadas e os investimentos reduzidos. Os gastos com pessoal e outras despesas correntes subiram R$ 10 bilhões, fato relacionado diretamente a reflexos de acordos salariais de 2010 e aos restos a pagar de exercícios anteriores, respectivamente. Enquanto isso, as aplicações em obras e equipamentos diminuíram R$ 317,2 milhões.

Os “restos a pagar” (compromissos rolados de anos anteriores) foram o destaque dos pagamentos efetuados nos primeiros três meses de governo. Em investimentos, por exemplo, foram pagos mais de R$ 7,9 bilhões herdados do período Lula. Já com aplicações em obras e equipamentos específicas do orçamento de 2011, somente R$ 306 milhões foram desembolsados. Os gastos com pessoal e outras despesas correntes em 2011 assemelham-se aos de 2010, sendo mais uma vez os restos a pagar o fator de desequilíbrio. Em 2010, nessas rubricas, foram pagos R$ 22,5 bilhões de restos a pagar, enquanto neste ano a despesa atingiu aproximadamente R$ 30 bilhões. Os números mostram a preocupação do governo Dilma em segurar na “boca do caixa” as despesas do orçamento de 2011 enquanto paga os restos a pagar do governo Lula.

O Ministério dos Transportes foi o que mais investiu neste trimestre. Foram R$ 2,9 bilhões, dos R$ 17,1 bilhões disponíveis para este ano. Logo atrás, vem o Ministério da Educação com R$ 1,4 bilhão desembolsado. O Ministério da Defesa foi o terceiro que mais investiu neste semestre. Com a dotação de R$ 7 bilhões, o órgão gastou até agora R$ 1,1 bilhão.

O programa “vetor logístico leste”, ligado ao Ministério dos Transportes foi o que mais recebeu investimentos no primeiro trimestre. Dos R$ 3 bilhões liberados, R$ 732 milhões foram utilizados. A ação de “manutenção de trechos rodoviários no estado de Minas Gerais”, é uma das atividades que compõe o programa “vetor logístico leste”. Apesar da dotação da ação ser de R$ 706,5 milhões, até agora nada foi gasto. Apenas R$ 165,7 milhões foram empenhados para posteriores pagamentos.

De acordo com a consultora de orçamento da Câmara dos Deputados, Márcia Moura, não se pode afirmar que a presidente Dilma está “economizando” para, primeiramente, pagar os restos a pagar de Lula. “Todos os anos é comum que nos primeiros meses, o investimento do exercício seja mínimo, principalmente no primeiro ano de mandato”, afirma.

A consultora explicou ainda que, neste ano, houve um grande contingenciamento nos investimentos. “Foram mais de R$ 18 bilhões. Além disso, há uma demora até que a nova equipe dos ministérios decida quais despesas serão adiadas e quais poderão iniciar imediatamente”, diz.

Para o economista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Piscitelli, o montante dos restos a pagar é impressionante. “O valor das despesas deixadas por outros governos representam 75% das dotações para investimento”, explica.

Piscitelli informou ainda que, não dá para comparar as despesas com pessoal com investimentos, pois esses dispêndios não possuem comportamento semelhante. “Mas, mesmo assim, a diferença entre eles é tão acentuada que é muito provável que a execução fique muito aquém do orçado ou então, tenhamos um novo acúmulo de restos a pagar”. O economista acredita que o ritmo lento no desembolso do primeiro trimestre pode dificultar a execução orçamentária do exercício. “Se os gastos aumentarem no 2º semestre, corre-se novamente o risco de faltar critério na escolha das empresas selecionadas, contratos mais caros, etc.”, conclui.